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Jun 24, 2024

'Chefcore' é o restaurante à la mode

Na newsletter desta semana: As cozinhas recorrem aos designers para uniformes mais elegantes, enquanto as marcas nos oferecem roupas de trabalho inspiradas nos chefs para o dia a dia

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Há uma tendência borbulhando nas cozinhas dos restaurantes e, desta vez, não tem nada a ver com pratos pequenos. “Chefcore”, como foi cunhado pelo escritor de moda masculina Clayton Chambers, faz com que os chefs troquem seus tradicionais brancos formais por uma estética mais casual.

Durante muito tempo, ninguém se importou com o que os chefs vestiam, dentro ou fora da cozinha. No entanto, graças a programas de TV como The Bear – onde a camiseta branca perfeita de Carmy (Jeremy Allen White) ganhou seguidores cult e (alerta de spoiler!) ele dá ao protegido Sydney uma jaqueta de chef Thom Browne personalizada – os clientes estão igualmente interessados ​​em saber a marca de roupas que um chef usa, pois são especiais.

Olhe ao redor do seu restaurante favorito e você provavelmente perceberá que jaquetas rígidas de mangas compridas foram substituídas por camisetas no estilo Carmy, enquanto os chapéus de torque foram substituídos por bonés de beisebol.

É uma tendência que está esquentando na frente do passe também. O célebre restaurante St John, de Londres, recentemente trocou seus brancos formais pela alfaiataria descontraída de veludo cotelê, juntando-se ao alfaiate de Savile Row, Drake's, em uma coleção de roupas.

No Osip, um restaurante do campo à mesa em Somerset, a equipe veste camisas largas e macias e calças largas do Studio Nicholson. Enquanto isso, a partir do próximo mês, a equipe de garçons do Sessions Arts Club, em Londres, usará um “uniforme não uniforme” reimaginado, com uma jaqueta sem gola e um vestido esvoaçante de algodão do estúdio de design Toogood, com estampas do pintor Jonny Gent.

O público que recebe esses looks também gosta da estética. Antigos itens essenciais de cozinha, como calças de chef e tamancos Birkenstock, foram apropriados pelo conjunto de estilo de rua, que passou a amar sua estética descontraída e confortável. Nolan White, um TikToker que posta sobre moda masculina, por exemplo, recomenda calças de chef Cookman. Sua principal lição? O corte casual projetado para que os chefs possam se movimentar facilmente também é perfeito para andar de skate.

“Os chefs e a comida em geral tiveram um renascimento nos últimos anos”, diz Whyte Rushen, o ex-chef Brat e Scully que dirige pop-ups de comida cult. “Noventa e nove por cento da equipe que trabalha em casa que você vê passeando com seus cachorros em Stoke Newington usará um par de Birkenstocks e definitivamente não está a caminho do turno duplo em Perilla”, diz ele, referindo-se o restaurante no norte de Londres.

Rushen faz parte de uma nova geração de chefs que trocaram as horas cansativas de uma cozinha profissional para buscar carreiras solo lucrativas em seus próprios termos. E a mídia social é a chave para seu sucesso, com muitos acumulando centenas de milhares de seguidores ao compartilhar receitas virais no TikTok. Isso, por sua vez, afetou as roupas que vestem. Filmando em suas próprias cozinhas, é mais natural usar uma camiseta larga do que um avental imaculado e engomado. Não é novidade que essa forma de vestir passou a se infiltrar nos restaurantes de bairro.

As cozinhas abertas e as mesas dos chefs também desempenham um papel importante, à medida que as fronteiras entre chefs e clientes se tornam cada vez mais confusas. Depois, há um movimento em direção a jantares menos formais, com cardápios rabiscados em quadros-negros e vinhos naturais servidos em copos: em um ambiente assim, é muito menos chocante ver um chef de gorro do que de toque.

Uma série de novas marcas, muitas delas com formação culinária, estão atendendo a essa forma menos prescritiva de vestir e projetando para um público mais diversificado.

Marcas como a Tilit nos EUA, que oferece cortes para homens e mulheres, do XS ao XXL, destacam-se do tradicional “boys club” e conquistaram uma base de clientes fiéis.

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